Minha canção fere o peito
Ela corta a garganta ao meio
Uma doce canção encontra sossego
Na dor que move os corações.
Minha canção é como um relógio parado
É uma canção que espera ponteiro a ponteiro
O entardecer das horas e o choro demorado.
Essa canção parece estar na boca de muitos,
Mas somente no sussurro das orações.
Minha canção não é somente minha
É de todos que a ouvem mesmo sem voz.
A antiga canção sensibiliza o surdo
Nossa canção é a poesia de todos nós.
(Gilmar Cabral)
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