Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam
de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para
suas almas.
(Mt 11:29 - NVI)
Em
todos os lugares em que havia um trabalho social da Igreja no Município pobre
de São Leopoldo do Livramento, lá estava ele: o novo crente Nilton. Como ele
gostava de fazer aquele serviço! Doava-se por inteiro. Chegava cedo e só saía quando
tudo estivesse terminado. Nesses eventos, comida, agasalhos, roupas de dormir,
produtos de higiene, remédios, assistência médica, corte de cabelo;
praticamente tudo era doado e feito por voluntários membros das igrejas locais.
Era um movimento que unia os crentes daquela região. Assim como todo esse povo,
o irmão Nilton voltava para casa feliz e realizado com os serviços prestados ao
próximo. Ele vivia intensamente a Palavra que diz: Ame o seu próximo como a si mesmo (Mt 22:39 - NVI).
Porém,
como em todo serviço amoroso e que cumpre a Palavra de Deus, logo se levantou
fortemente uma oposição, logicamente que feita por falsos crentes: “lobos” em
pele de “ovelhas”, gente que não faz nada para o Reino de Deus e ainda critica
quem faz. E o alvo preferido deles foi quem? O irmão Nilton. Ele foi criticado
por estar querendo “aparecer” ao liderar a distribuição de alimentos para os
mais carentes.
No
começo, esse irmão novo convertido quase se abateu e deixou de se envolver
nessa obra missionária e social, mas, felizmente, ele encontrou irmãos que o
apoiaram e permaneceu participando da distribuição de alimentos e demais
donativos aos pobres.
Não
satisfeito, o grupo opositor o acusou de estar “roubando” parte dos recursos
doados para o trabalho social. Magoado, Nilton pensou em processá-los por
calúnia e difamação e novamente desejou parar, mas decidiu não fazer nem uma
coisa e nem outra. Decidiu continuar servindo a Deus e provar sua inocência.
Pediu a um irmão que o acompanhava sempre nesses eventos que fizesse todo o
controle do que era recebido e toda a contabilidade do que entrava dos
donativos. Este irmão fez. A cada volume de recursos que entrava ele parava uns
quinze minutos para anotar a fim de
não perder nenhuma informação. Quando terminou, divulgou os resultados
demonstrando a lisura do processo e a eficiência na distribuição. Assim, logo ficou nítida a honestidade e boa intenção
do irmão Nilton na Obra de Deus.
O
grupo, opositor e caluniador, ficou desmoralizado junto àquela Comunidade
Cristã e também ficou surpreso ao saber que o irmão Nilton, na verdade, era um
dos maiores empresários de sua região e um dos maiores doadores de recursos
para o projeto social. Os opositores ainda ficaram sem graça ao reconhecerem
que ele, apesar do poderio econômico e do enorme status social que tinha, não
abria mão de ajudar na organização das cestas básicas, na separação dos
donativos, na distribuição dos recursos e na limpeza de tudo após a
distribuição.
O
reverendo daqueles falsos crentes os disciplinou no amor, visando à correção,
embora tenha descoberto que o problema deles não era apenas de caráter, era
também espiritual: não haviam passado por um genuíno processo de conversão.
Graças
ao acolhimento e incentivo de um grupo de irmãos bem diferente dos caluniadores
e, ao foco que esse novo convertido manteve no serviço cristão, a Obra de Deus
não perdeu um grande colaborador e o Reino não deixou escapar um novo crente. O
temperamento manso e a personalidade humildade do crente Nilton também foram
fundamentais para ele não perder a visão do que realmente é mais importante no
Reino de Deus. Se ele tivesse dado ouvidos aos caluniadores, se enfraqueceria
perigosamente em termos espirituais (correndo o risco de voltar para o mundo) e
deixaria de ajudar muitas e muitas pessoas carentes, além de desagradar ao seu
Senhor com essa atitude.
O
irmão Nilton, embora fosse novo crente, teve maturidade suficiente para não dar
ouvido às calúnias e não ser paralisado pela fofoca. Ele sabia que precisava
fazer o bem e fez: E não nos cansemos de
fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos (Gl 6:09
-RA).
Reflexão:
Mansidão é um dos frutos do Espírito
(Gl 5:23). O nosso querido irmão Nilton teve que exercer esse fruto logo no
início de sua vida cristã. Tudo por causa de um grupo de caluniadores.
Infelizmente esse tipo de gente também tem na Igreja. São pessoas incrédulas ou
crentes carnais que estão ali para atrapalhar e criticar o trabalho. Mas como
diz o Reverendo Jeremias Pereira da Igreja Presbiteriana do Brasil: “eles estão
lá somente para isto, ou seja, para atrapalhar e para que nós, líderes, cresçamos
na graça e na mansidão”. É verdade, a paciência (outro fruto do Espírito), a
humildade e, principalmente, o senso de compromisso no serviço do Rei fizeram
com que o crente Nilton não abandonasse sua posição no Reino mesmo estando de
baixo de acusações levianas e falsas.
Todo aquele que está fazendo algo
produtivo é alvo de críticas, seja em qualquer setor da vida, e na Igreja não é
diferente. É só você começar a se destacar que lá vem a oposição! É como dizem:
somente “jogam pedra em árvore que dá frutos”.
Se você estiver passando por uma
situação parecida com a que passou o novo convertido Nilton, fique firme em seu
propósito de fazer o melhor. Somente vencemos a oposição com o trabalho.
Continue trabalhando e se esforçando. O seu desempenho honesto e produtivo o
defenderá. Quando um grupo opositor percebe que o alvo de suas críticas
destrutivas e caluniadoras está crescendo e arrebanhando o povo para o seu
lado, ele só tem duas alternativas: ou sai fora ou se junte aos bons!
(Gilmar Cabral)
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