terça-feira, 11 de novembro de 2014

Um Coração Manso e Humilde




Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para suas almas.
                                      (Mt 11:29 - NVI)

            Em todos os lugares em que havia um trabalho social da Igreja no Município pobre de São Leopoldo do Livramento, lá estava ele: o novo crente Nilton. Como ele gostava de fazer aquele serviço! Doava-se por inteiro. Chegava cedo e só saía quando tudo estivesse terminado. Nesses eventos, comida, agasalhos, roupas de dormir, produtos de higiene, remédios, assistência médica, corte de cabelo; praticamente tudo era doado e feito por voluntários membros das igrejas locais. Era um movimento que unia os crentes daquela região. Assim como todo esse povo, o irmão Nilton voltava para casa feliz e realizado com os serviços prestados ao próximo. Ele vivia intensamente a Palavra que diz: Ame o seu próximo como a si mesmo (Mt 22:39 - NVI).
            Porém, como em todo serviço amoroso e que cumpre a Palavra de Deus, logo se levantou fortemente uma oposição, logicamente que feita por falsos crentes: “lobos” em pele de “ovelhas”, gente que não faz nada para o Reino de Deus e ainda critica quem faz. E o alvo preferido deles foi quem? O irmão Nilton. Ele foi criticado por estar querendo “aparecer” ao liderar a distribuição de alimentos para os mais carentes.
            No começo, esse irmão novo convertido quase se abateu e deixou de se envolver nessa obra missionária e social, mas, felizmente, ele encontrou irmãos que o apoiaram e permaneceu participando da distribuição de alimentos e demais donativos aos pobres.
            Não satisfeito, o grupo opositor o acusou de estar “roubando” parte dos recursos doados para o trabalho social. Magoado, Nilton pensou em processá-los por calúnia e difamação e novamente desejou parar, mas decidiu não fazer nem uma coisa e nem outra. Decidiu continuar servindo a Deus e provar sua inocência. Pediu a um irmão que o acompanhava sempre nesses eventos que fizesse todo o controle do que era recebido e toda a contabilidade do que entrava dos donativos. Este irmão fez. A cada volume de recursos que entrava ele parava uns quinze minutos para anotar a fim de não perder nenhuma informação. Quando terminou, divulgou os resultados demonstrando a lisura do processo e a eficiência na distribuição.  Assim, logo ficou nítida a honestidade e boa intenção do irmão Nilton na Obra de Deus.
            O grupo, opositor e caluniador, ficou desmoralizado junto àquela Comunidade Cristã e também ficou surpreso ao saber que o irmão Nilton, na verdade, era um dos maiores empresários de sua região e um dos maiores doadores de recursos para o projeto social. Os opositores ainda ficaram sem graça ao reconhecerem que ele, apesar do poderio econômico e do enorme status social que tinha, não abria mão de ajudar na organização das cestas básicas, na separação dos donativos, na distribuição dos recursos e na limpeza de tudo após a distribuição.
            O reverendo daqueles falsos crentes os disciplinou no amor, visando à correção, embora tenha descoberto que o problema deles não era apenas de caráter, era também espiritual: não haviam passado por um genuíno processo de conversão.
            Graças ao acolhimento e incentivo de um grupo de irmãos bem diferente dos caluniadores e, ao foco que esse novo convertido manteve no serviço cristão, a Obra de Deus não perdeu um grande colaborador e o Reino não deixou escapar um novo crente. O temperamento manso e a personalidade humildade do crente Nilton também foram fundamentais para ele não perder a visão do que realmente é mais importante no Reino de Deus. Se ele tivesse dado ouvidos aos caluniadores, se enfraqueceria perigosamente em termos espirituais (correndo o risco de voltar para o mundo) e deixaria de ajudar muitas e muitas pessoas carentes, além de desagradar ao seu Senhor com essa atitude.
            O irmão Nilton, embora fosse novo crente, teve maturidade suficiente para não dar ouvido às calúnias e não ser paralisado pela fofoca. Ele sabia que precisava fazer o bem e fez: E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos  (Gl 6:09 -RA).

Reflexão:
            Mansidão é um dos frutos do Espírito (Gl 5:23). O nosso querido irmão Nilton teve que exercer esse fruto logo no início de sua vida cristã. Tudo por causa de um grupo de caluniadores. Infelizmente esse tipo de gente também tem na Igreja. São pessoas incrédulas ou crentes carnais que estão ali para atrapalhar e criticar o trabalho. Mas como diz o Reverendo Jeremias Pereira da Igreja Presbiteriana do Brasil: “eles estão lá somente para isto, ou seja, para atrapalhar e para que nós, líderes, cresçamos na graça e na mansidão”. É verdade, a paciência (outro fruto do Espírito), a humildade e, principalmente, o senso de compromisso no serviço do Rei fizeram com que o crente Nilton não abandonasse sua posição no Reino mesmo estando de baixo de acusações levianas e falsas.
            Todo aquele que está fazendo algo produtivo é alvo de críticas, seja em qualquer setor da vida, e na Igreja não é diferente. É só você começar a se destacar que lá vem a oposição! É como dizem: somente “jogam pedra em árvore que dá frutos”.
            Se você estiver passando por uma situação parecida com a que passou o novo convertido Nilton, fique firme em seu propósito de fazer o melhor. Somente vencemos a oposição com o trabalho. Continue trabalhando e se esforçando. O seu desempenho honesto e produtivo o defenderá. Quando um grupo opositor percebe que o alvo de suas críticas destrutivas e caluniadoras está crescendo e arrebanhando o povo para o seu lado, ele só tem duas alternativas: ou sai fora ou se junte aos bons!   

(Gilmar Cabral)






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