Formoso é o fogo e o rosto
da amada junto a ele.
No lume de seu corpo
tudo em redor clareia.
Depois o que era fogo,
é espuma que se ateia.
E o mundo se faz novo
nas curvas da centelha.
Já não existe esboço,
mas desenhos, e teimam
unos e justapostos.
Já não existe corpo:
são almas que se queimam
no amor de um mesmo sopro.
(Carlos Nejar - Poesia Reunida II Jovem Eternidade. São Paulo: Novo Século. 2009. p. 149)
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