segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Poesia em Quatro Estações



A brisa corre
As folhas voam
Serenamente espalham-se
Enchendo o quintal.
A passagem das horas
Amadurece os frutos das árvores.
Os pássaros voam lentamente
Trazendo o despertar do sono.
São cheiros, cores e afetos
Entorpecendo, acariciando,
As belas tardes de outono.

Dias frios
Sugando o cinza das nuvens
Pouquíssimos raios solares.
Cortando os vidros
Das minhas retinas.
O ar gelado invade a casa.
A busca é pelo corpo
E os corações aquecidos.
É gostoso o chegar mais perto.
Assim se vence o congelamento do tempo
Nas sensíveis manhãs de inverno.

O jardim é mais vivo
O clima está temperadamente agradável.
No entardecer tranquilo,
A paz e a beleza das flores
Comovem-me, me absorvem.
O céu enluarado brilha
Em cada luz das estrelas.
São quentes, são frias,
Entusiasticamente belas,
As cantigas e as poesias 
Nas noites românticas da primavera.

Calor do mormaço
Subindo das areias e dos asfaltos.
O céu em pleno véu azul
Praticamente sem nuvens.
O suor brota dos poros da pele
Umedecendo para trazer o frescor.
A sensualidade aflora nas roupas
Ou na ausência delas.
Estimula as pupilas: os olhos do coração.
É tempo claro para sonhar,
Amar nos dias quentes de verão.

(Gilmar Cabral)

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