segunda-feira, 19 de maio de 2014

Tarde de Novembro



Ainda lamento aquela tarde de novembro
Quando senti que a poesia fugiu de mim.
Sentado à escrivaninha, percebi
Que nenhuma palavra vinha,
No meu peito a eclodir.

Ainda aguardo que um dia
A poesia venha em desmedida,
Brotando no meu peito a me descobrir.

Mas enquanto isto não acontece,
A minha angústia cresce
E ainda lamento aquela tarde de novembro

Quando senti que a poesia fugiu de mim.

(Gilmar Cabral)

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